domingo, 28 de novembro de 2010

Serra do Socorro




Este era o último destino que nos faltava na agenda de 2010. Andámos "por aí" desde Santiago de Compostela à Via Algarviana. O calendário não era rígido, pelo meio conseguimos encaixar Picos de Europa, travessia até Vila Velha do Ródão e muitas outras aventuras. Uma canseira... Muitas histórias (e estórias, também) para ir recordando.

Mas agora, que já cumprimos o calendário de aventuras outdoor, vamos ali buscar a mantinha e passaremos os últimos dias de 2010 no quentinho do sofá. Dizem que está frio, chuva e até pode nevar. Queremos lá saber, cá em casa está quentinho, o gato aquece-nos os pés e temos ali um pote cheio de bonbons capazes de nos fazer aumentar dois números no tamanho das calças. Por isso, é capaz não ser boa ideia abdicar dos nossos genes aventureiros...

Este domingo fomos fazer uma caminhada passando pela serra do Socorro, aqui bem perto de Lisboa e um local importante da primeira linha das Linhas de Torres Vedras.

Iniciámos o percurso em Enxara do Bispo, com uma visita à Igreja e algumas ruas da pequena aldeia.

Deixámos as ruas asfaltadas e entrámos nos trilhos ainda com algum orvalho para testar o GORE-TEX. Funciona, os pés estiveram sempre quentes e secos. Ainda não tínhamos aquecido e já víamos pela frente a valente subida até ao topo da serra do Socorro. E é só isto que há a dizer da subida, valente subida. Fotos, há poucas, só quando atingimos uma cota que nos permitia avistar o Oceano Atlântico. O céu tinha algumas nuvens mas mesmo assim as fotos ficaram boas, dá para perceber o que subimos.



Antes de chegar ao topo - é a única pista que damos, não contem connosco para spoilers - relaxámos um pouco a descobrir uma geocache, deixámos lá a nossa pegada respeitando o novo acordo ortográfico. Atchim...



A Serra do Socorro é uma antiga chaminé vulcânica com uma paisagem a perder de vista. A capela em honra de Nossa Senhora do Socorro e o centro interpretativo também valem a pena uma visita, pode-se ir de carro. Mas de BTT ou a pé é mais giro...



Para descer dava jeito uma BTT ou de downhill como por lá vimos. Mas desceríamos demasiado rápido e não víamos uns moinhos do outro lado da A8 onde iremos brevemente à descoberta.

A próxima "paragem" da nossa caminhada foi nos fortes da Enxara, também das fortificações das Linhas de Torres. Primeiro o Forte Grande (280 homens) e depois o Forte Pequeno (270 homens). Vi estas designações numa sinalética no topo da serra do Socorro, quando passámos pelos fortes pareceram-nos iguais, a investigação levou-nos a este documento, não estavam à espera que eu soubesse o número de homens que faziam a guarnição dos fortes...



O nosso passeio estava a acabar, para evitar alguma lama nada melhor que uma sessão de equilibrismo:



Uma manhã, fresca mas longe dos alarmismos que por aí andam, muito bem passada. As fotos estão já a seguir. Vejam lá se não foi uma manhã fantástica...

domingo, 21 de novembro de 2010

Infiltrado



Este domingo peguei num jersey que estava esquecido - ou à espera da oportunidade - no fundo da gaveta, vesti-o sobre uma roupa mais quente e fui até Sintra infiltrar-me num encontro informal do clube KTM (bicicletas).

Ouvi o gato resmungar por me levantar tão cedo. Arrumei as coisas nas calmas, tomei o pequeno e fui até à Lagoa Azul. O passeio começaria às 8:30 mas só começou às 9:30! Uma hora depois, portanto. Cumprir horários é chato como o caraças, apanha-se frio (por vezes chuva, como este domingo) a fazer tempo enquanto outros estão no bem bom da caminha ou do ar condicionado do carro. São opções...

O passeio desta vez teve uma visita aos travesseiros. A Tânia não pôde ir aos travesseiros mas não foi por isso que ficou sem eles. Fazer BTT com uma caixa de travesseiros no Camelbak é muito mais doce, especialmente se me espalhar para cima deles. Não foi o caso... Chegaram comestíveis para o lanche.

A volta de BTT foi ao estilo veste-o-impermeável-agora-despe-depois-veste-agora-já-não-é-preciso-olha-veste-lá-outra-vez-é-melhor-deixar-vestido. Ora chovia, ora até fazia sol. Essa chuva não nos deixou ir aos trilhos mais fofos, mas aproveitámos para conhecer outros não reconhecidos a semana passada. Estes Maníacos do Pedal, conhecem a serra de trás-para-a-frente e da frente-para-trás ou melhor: de-cima-para-baixo e de baixo-para-cima. Se bem que às vezes parece que é só de baixo-para-cima: subir, subir, subir... Subir!

O spot do dia era o trilho do Abano. Cumpriu, até há vídeos disso no final desta página.

Acho que me infiltrei bem, estava prevista uma manhã, mas acabou por ser quase um dia inteiro!

sábado, 20 de novembro de 2010

A primeira caminhada molhada



Desde que começámos a fazer caminhadas mais a sério esta foi a nossa primeira caminhada molhada.

Mas se calhar, ainda não fazemos caminhadas a sério! Farta-mo-nos de rir: ou porque um desce cheio de medo enquanto outro enfia as mãos nos bolsos a desce aquilo a assobiar uma música do José Cid...

Cai neve em Nova Iorque
Há sol no meu país
Faz-me falta Lisboa
P'ra me sentir feliz


Não há mais pôr-do-sol
Em Sunset Boulevard
Cai neve em Nova Iorque
Ninguém vai-me encontrar


Não sei se caía neve em Nova Iorque, mas pela Arrábida estava assim para o frescote. O vento estava impiedoso a gelar o nosso suor no cimo das subidas. Não lhe demos hipótese e caminhámos ainda mais rápido para nos mantermos quentinhos. Mas por mais rápido que andássemos o frio perseguia-nos. Mais tarde descobrimos que dentro do carro é que se estava bem...

A chuva que tinha caída nos últimos dias (e de noite acho que também choveu, não dava para ver bem mas penso que sim, ouvia-se a chuva a cair) trouxe a lama para os trilhos e a água para os ribeiros que habitualmente conhecíamos como secos.

Andámos pelos moinhos de Palmela desviando-nos das explorações arqueológicas e pela Serra dos Gaiteiros a apreciar a panorâmica sobre a cidade do moscatel e do choco frito também conhecida por Setúbal.

Apesar do frio, ainda conseguimos tirar umas fotos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fim-de-semana mexidinho!

Este fim-de-semana pedalámos, caminhámos, corremos e cortámos mais duas unhas ao gato. Tem de ser aos poucos, não estava habituado à paticure. Ah, e não ligámos petavina às ameaças de mau tempo!

domingo, 14 de novembro de 2010

Marcha pela Diabetes

Afinal não "marcho" mal, deve ter sido pelo facto de ir no "cone de vento" da Rosa Mota e do Carlos Lopes! Ok, eu às vezes ia ao lado!

Mas com tudo isto quem diria que chegaria em 1º que o Miguel?!

Ah e ainda apareci na TV a cruzar a meta :)



Corrida pela Diabetes

Para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) organizou uma corrida pela principais avenidas do centro de Lisboa com a presença dos campeões olímpicos Rosa Mota e Carlos Lopes.

Eu participei na corrida e a Tânia na marcha.

A corrida teve cerca de 11 quilómetros com partida do jardim do Príncipe Real, passagem pelo Rato em direcção ao Marquês de Pombal. Subimos até ao Saldanha e pela grande avenida da República até ao Campo Grande. Regresso à Praça Marquês de Pombal e descer a avenida da Liberdade até à meta instalada nos Restauradores.

Gostei muito desta corrida, correr por estas avenidas nobres livres de carros foi o atractivo principal.

A corrida correu-me bem do início ao fim, talvez devido ao aquecimento do dia anterior. Não houve confusão na partida, por isso comecei logo a correr sem necessidade de grandes esforços para ultrapassar os caminhantes.

A chegada ao Marquês de Pombal foi rápida, depois na subida até ao Saldanha fui controlando o esforço, segui ao meu ritmo evitando reagir ao ritmo dos companheiros que passavam por mim.

Nos túneis da avenida da República tentei aprender a correr nas descidas, acho que já estou melhor. Pelo menos já não sou ultrapassado por muita gente...

Fui correndo e apreciando a arquitectura dos prédios para esquecer o passar dos quilómetros. Depois de dar a volta no Campo Grande e chegar ao Saldanha, já sabia que era sempre a descer até à meta.

Aqui apertei o ritmo e a coisa correu bem até ao fim.

Na chegada tinha uma claque dos Maníacos do Pedal e a Tânia. Apareçam mais vezes...

O saco de ofertas tinha um pão de Seia (museu do pão) que calhou mesmo bem para o nosso almoço de sopa de coentros à alentejana.

Houve algumas falhas organizativas: não havia casa de banho junto da partida (a do jardim estava fechada) e faltou uma garrafa de água a meio do percurso. De qualquer forma, não foi dito que existiam estas "comodidades". Por isso toda a gente sabia ao que ia.

Quanto à minha prestação, demorei 52 minutos a percorrer os cerca de 11 quilómetros. Fiquei muito satisfeito com este tempo, agora vamos lá ver se sempre arrumo as sapatilhas até regressar o bom tempo...

sábado, 13 de novembro de 2010

Caminhada pelo litoral do Guincho

Este sábado avizinhava-se um dia diferente: ia a uma caminhada que conhecia os trilhos do Btt.

Já tinha saído da Lagoa Azul em direcção ao ponto de encontro e oiço o telemóvel tocar, não vou parar o carro pois o telemóvel está na mochila que se encontra na bagageira, olhei para o relógio e ainda eram 8:40m, bem a tempo. Quando cheguei ao ponto de encontro já lá estavam quase todos e ainda faltavam uns 10 minutos para a hora da saída. Depois de estacionar fui ter com os guias, todos devidamente identificados, que me informaram que me tinham ligado para saberem se estava a dar com o sitio. Não lhes expliquei que conhecia muito bem aquele percurso. De qualquer forma foram muito cuidadosos em nos telefonarem para darem indicação do percurso até ao ponto de partida. Nas maratonas e passeios organizados (Btt) pagos nunca me ligaram para saber se estava a encontrar o local da partida!




Este passeio esteve a cargo do http://www.omundodacorrida.com

Esta associação é responsável por muitos eventos na sua maioria ligados à corrida.

Fazem percursos de maratonas 42 Km (quase), trial, orientação, etc. Em conversa tive conhecimento que fazem mais de 100km a correr até Fátima pelos caminhos do Tejo!

Ok, também já fiz!

Está bem, foi de bike, a correr chegava aí ao km 7 e deitava-me para o chão a ver se alguém me levava até à meta de carrinho!

Foram muito interessantes as conversas que tive com variadíssimas pessoas, algumas da organização e outras participavam na caminhada como eu. O tempo passa depressa, percorremos a zona da praia do Abano, está tudo queimado, é uma pena. Da última vez que lá passei achei que daria um pelo percurso para uma caminhada, assim como está dá para ver as falésias. Talvez na próxima Primavera já não hajam vestigios dos monstrinhos que fazem estas coisas. Deviam estar todos numa ilha deserta rodeada de tubarões! Ok, estou a ser mazinha, mas este tipo de gente (se é que assim podemos denominá-los) são dementes.

Entramos em alguns percursos que não conhecia, estão todos devidamente assinalados, caso não tenham GPS podem se aventurar pois as marcações são recentes e estão lá todas! Ao fim de 6km tínhamos o nosso 1º abastecimento: mesa posta com bananas, laranjas, maçãs, águas, bolos.

Recuperadas as forças lá continuamos para os restantes 6km. A paisagem é lindíssima e lá terminamos a nossa caminhada a percorrer o parque de merendas. Chegamos ao fim da caminhada, mas voltamos a ter mesa posta?

Ah! pois é, não é só no Btt, nas Caminhadas também temos vários abastecimentos, isto de caminhar abre o apetite, não é só a pedalar. Também temos subidas!

No 2º abastecimento havia tudo o que o anterior tinha (as laranjas eram muito boas) mas ainda fomos presenteados por um bolo feito por uma das guias. Estava realmente muito bom! Esqueci de pedir a receita, fica para a próxima porque eles têm muitos passeios!

Após o abastecimento tínhamos uma secção de Yoga ao ar livre, toca de ir buscar o tapete (apesar de já o ter comprado há muito tempo e de pensar mas porque fui comprar uma coisa destas, gostei tanto que com certeza será utilizado, tenho que ver onde me posso inscrever no Yoga)!



A caminhada foi excelente muito bem organizada mas a secção de Yoga foi espectacular! Deviam adoptar esta modalidade pois, para alongar e relaxar, após o esforço não há nada melhor!

Sem dúvida a repedir.

Reconhecimento para encontro do clube KTM em Sintra



Hoje fui até Sintra ajudar no reconhecimento dos trilhos para encontro do clube KTM. Na próxima semana quando os senhores das bikes laranjinhas por lá andarem, todos contentes, a desfrutar dos trilhos, lembrem-se de mim: eu ajudei a reconhecer os trilhos.

Quando alguém disser que não podem ir pelos Trilhos Húmidos, foi porque eu (e mais alguns) arriscámos a levar com um pau no desviador. Esse trilho está cheio de lenha. O que até é bom se tiverem lareira, é o chamado "arranjar lenha para se queimar"...

Os senhores da KTM vão ter mais sorte que eu. O guia não nos quis levar à Piriquita comer um travesseiro. Para a semana parece que esse ex-libris de Sintra vai fazer parte da vossa manhã.

Bem, manhã é o meu lado optimista a escrever. Para ultrapassarem todas as subidas e descidas com muitas malandrices, às vezes escondidas, é melhor reservarem um dia inteiro.

Ou então façam como eu, arranjem boleia ali para os lados do Guincho e assim poupam uma belas subidas e uma descida com enguiço para alguns Maníacos do Pedal.

Ah, na descida para a praia, quando o guia estiver no meio de uns pinheiros a dizer "vamos vamos, em frente", desconfiem... Pela frente têm um salto de um metro ou 100 centímetros que até parece mais.

A volta até começa bem, pelas margens da lagoa azul. Quando virem uma lagoa com água escura, não procurem mais. É essa a lagoa azul, chamam-lhe azul mas é uma lagoa normalíssima com alguma poluição. Cuidado com esse trilho, está cheiro de raízes para complicar as descidas.

Depois têm a subida do jipes, cerca de quatro quilómetros a subir. A inclinação não é muita, se o guia não alterar o percurso até estão com sorte, conheço uma alternativa bem mais inclinada nada boa para fazer a frio. Pelo sim, pelo não, é melhor fazerem o trilho na lagoa com elevada cadência para aquecer os músculos.

A seguir tem um trilho com pouca inclinação que é bom para aumentar o ritmo, vão ver que assim é mais giro de fazer.

A chegada a Sintra é feita pela rampa da pena. Uma descida imprópria para quem tem extensores no guiador. Quando lá passarem vão perceber porquê.

Já com os travesseiros de Sintra na barriga vão subir bastante até aos Quatro Caminhos e mais ainda até à Peninha. Por esta altura devem estar fartos de subir... Para desenjoar seguem-se algumas descidas malandrecas (engraçadas, vá) até junta da praia.

Quando estiverem junto do mar, mentalizem-se ainda vão ter muito que subir até à lagoa azul.

Mas é isso que todos gostamos, não é? Ééééé....

No domingo se virem por lá alguém com uma bike preta anodizada, pode ser que seja eu...

domingo, 7 de novembro de 2010

De volta ao BTT

Algumas luas depois - se calhar não foram assim tantas, mas quartos de lua já é um número mais grandito - estou de volta ao BTT.

A bike ainda tem pó dos caminhos de Santiago e não a vou lavar tão cedo, está abençoada. Abençoada também pelos muitos quilómetros que já fez este ano na companhia da "irmã gémea" que também está ali paradita, cheia de pó. Agora as prioridades são outras, mas vou tentando ir pedalando de vez em quando para não esquecer o funcionamento do pedais SPD.

Durante esta folga da CANYON, tenho corrido e feito caminhadas. Por isso o regresso não deu empeno, e no próximo fim-de-semana vai ser a loucura...

Este domingo fui até Monsanto com os Maníacos do Pedal.

Ando com azar na secção dos restaurantes e afins. Hoje não me quiseram vender um pastel de nata acabadinho de chegar. Não vou dizer o nome, não merecem a publicidade, mas é no habitual ponto de encontro dos Maníacos. Já lá tomei o pequeno almoço muitas vezes por volta das 7h e hoje, eram 7:30, e não me quiseram servir um café ou simplesmente vender um pastel de nata acabadinho de chegar. O que vale é que não são os únicos! Enfim, o que é importante é que sejam felizes assim...

Eu e os 10 magníficos maníacos percorremos alguns dos melhores trilhos de Monsanto. Cada vez que lá vou passo por sítios diferentes. Ou tenho a memória fraca, como os peixinhos, ou então aquilo está mesmo esburacado de trilhos.

Pela primeira vez fiz a descida pelo single-track do Chimarão. Entrei um pouco assustado pelo que vi numa noite das 24 horas BTT, mas afinal faz-se bem. Nessa noite, vi muita gente cair nesse trilho até que saí dali para outro local mais calmo em acidentes.

O regresso a casa foi antecipado com uma ameaça de chuva. Felizmente não passou da ameaça. Como era cedo, e não tinha chave de casa, veio mesmo a calhar a conversa com o Alex, patrocinador dos Maníacos de Pedal, sobre as obras de expansão da sua superfície comercial.

Mesmo assim ainda cheguei cedo a casa, a tempo de ir resgatar a Tânia a uma caminhada...

Caminhada campestre 10km

Hoje levantei-me bem cedinho para a caminhada campestre 10km inserida no programa Póvoa Vive+ (http://www.jf-povoasantairia.pt). Este programa tem como objectivo incentivar as pessoas a se mexerem.

Partimos do CPCD, pois a caminhada era organizada por um grupo maioritariamente de betetistas os TNT e essa era a sua sede.

O percurso escolhido foi sobretudo os trilhos que percorremos em Btt, a pé há sempre oportunidades de contemplar a beleza dos sítios e a mata do Paraíso surpreende-me sempre.

Ainda bem que éramos muitos (é sempre bom ver que as pessoas aderem a estas iniciativas), pois o objectivo era visitarmos uma quinta em Alpriate e por pouco não éramos atingidos pelas balas das equipas do PaintBall, estava a decorrer um jogo e fomos alertados para não prosseguirmos e aguardarmos que o jogo terminasse. Os guias tomaram a melhor decisão e alteramos o percurso.

Esta caminhada foi mais um passeio pois o grupo era grande e notava-se que não estavam habituados a estas lides, de qualquer forma penso que a caminhada ficou pelos 12km (o meu GPS ficou sem pilhas e o Miguel é que costuma levar as pilhas extra e ele "baldou-se", optou por trocar a caminhada por uma volta em BTT!).

Na Mata do Paraíso tivemos um abastecimento (água e bolos) e tivemos direito a observar o passeio de um porco preto acompanhado de um cão! Estas coisas são espantosas, as amizades que eles fazem!!!

Tivemos que atravessar um riacho e escalar uma barreira, os guias até carregaram uma corda para nos ajudar a subir, boa ideia, pois no grupo todo só três pessoas tinham bastão (eu era uma delas). O bastão ou o "cajadinho" (como assim o apelidaram) para além de nos dar muita segurança nas subidas ajuda-nos nas descidas, acho que todos os que vão para este tipo de caminhadas deveriam-se acompanhar de um bastão, encontram na Decathlon e na Sportzone a preços muito porreiros.

Neste passeio ainda transpirei um pouco na famosa subida do "martelo", eu sempre a conheci pela subida do Raid das Bragadas e a pé fiz todinha, yupi!!!

Coisa que em Btt ainda não consegui, há-de ser o meu objectivo!

Foi uma volta simpática e de salientar Gratuita!

Cada um para seu lado...

É a vida!

Eu para o BTT, a Tânia para uma caminhada e o gato ficou em casa a apanhar Sol e a ler um livro...

sábado, 6 de novembro de 2010

Caminhada Gastronómica em Bucelas

Este sábado fomos a uma caminhada gastronómica em Bucelas. A Associação Empresarial de Bucelas arranjou um percurso de 15 quilómetros um pouco exigente para o pessoal ganhar apetite para o almoço num dos restaurantes que aderiram ao festival gastronómico. Havia várias opções, consoante o gosto de cada um, por apenas 10 Euros a refeição completa.

A caminhada começou no largo do coreto, seguindo depois para os trilhos ainda com o orvalho da manhã fresca de Outono.

Quando passámos numa pequena ponte, acho que toda a gente pensou: "se houver arroz de pato não quero!". Os patitos assistiram bem serenos à nossa passagem, nem um quá-quá fizeram...



Quanto a nós, logo esquecemos os patos e arroz de pato. Era a subir. A subir muito até ao topo do monte Serves.

Aproveitámos para conhecer o forte da Aguieira, das fortificações das Linhas de Torres.





Com a ajuda da GNR, cruzámos a estrada para fazermos o abastecimento: fruta, sumos e barras. Para o valor que pagámos, 5 Euros, foi muito bom.

Seguimos em direcção a Vila de Rei, não no coração de Portugal, logo ali ao pé de Bucelas. Pelo caminho passámos pelo Forte do Arpim, está actualmente com obras de conservação e restauro.



Até Bucelas ainda apanhámos mais umas subiditas, mesmo a calhar para abrir o apetite para as entradas, o prato gastronómico, a sobremesa e o café.

Quando chegámos ao fim, depois de uma sessão de alongamentos, e vimos os pratos disponíveis não tivemos dúvidas. O polvo à lagareiro deixou-nos de água-na-boca. Pegámos no mapa e, depois de alguns erros de navegação, chegámos ao restaurante. Pedimos uma mesa para duas pessoas e aguardámos 5 minutos! Sim, esperámos 5 minutos que nos arranjassem uma mesa. Não era por falta de mesas vazias, havia muitas. Como era óbvio não queriam os nossos 20 Euros! Virámos costas e fomos procurar outra restaurante. Decidimos ir experimentar o bacalhau à minhota no restaurante O Menino, onde fomos muito bem atendidos por gente muito simpática. Recomendo este restaurante, fica na estrada principal mesmo em frente ao jardim do coreto.

O bacalhau estava óptimo, e em parte foi acompanhado do Apita o Comboio. O festival gastronómico incluía animação musical.

Apito comboio que coisa tão linda.
Apito comboio perto de Coimbra.
Apito comboio que coisa tão linda.
Apito comboio perto de Coimbra.

Por falar em Coimbra, sabem onde é que se come um óptimo polvo à lagareiro? Estão a ver aquela rua que vai desde a Igreja de Santa Cruz até ao Banco de Portugal? Esqueçam não é aí, é próximo da Lousã. Um dia destes vamos lá fazer uma caminhada e depois tiro uma foto do almoço!

Apito comboio, lá vai apitar.
Apito comboio, à beira do mar.
À beira do mar, mesmo à beirinha.
Apito comboio, no centro da linha.

E lá vai mais uma batata frita e um pedaço de bacalhau. Hmmmm, delicioso. E depois foi uma pêra bêbeda, divinal.

E foi assim a nossa manhã de sábado: desporto e gastronomia.

À beira do mar, debaixo do chão,
Apito comboio lá na estação.
À beira do mar, debaixo do chão,
Apito comboio lá na estação.

Continua aqui.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A apanhar castanhas

Há dias umas pesquisas na Internet levou-me a um site que falava da apanha da castanha de há alguns séculos atrás. Nesse site, não consigo agora encontrar o link para colocar aqui, dizia que a castanha era um alimento mais importante do que o pão ou mesmo a batata. Mas não é isso que quero aqui destacar: nesse site dizia também que a apanha era feita por homens, por vezes ajudados pelas mulheres...

Então, nesta segunda-feira fui apanhar castanhas ajudado pela Tânia, tal como um jovem casal faria em meados do século XVI: eu varejava os ouriços e a Tânia apanhava as castanhas.



Esta divisão de tarefas mostra bem a descriminação que havia antigamente, adivinhem quem é ficou com mais picos na mão?

O sábado e o domingo foram de chuva e vento, parecia que o Inverno tinha chegado mais cedo. Ora, como toda a gente sabe - e não é preciso consultar o Borda D'Água - os ouriços abriram e mandaram as castanhas "cá para baixo". O souto que nós escolhemos, talvez sinais da crise, não tinha muitas castanhas. Para conseguir fazer um magusto andámos por lá uma manhã entre cascatas e troncos centenários.





Há uma explicação para não haver castanhas: os javalis tinham-nas comido todas, só deixaram as cascas. Animais! Animais não, que isso não os ofende. Malandros! Isso sim já não devem gostar... O que não iriam gostar era eu ir lá pôr umas castanhas piladas dentro das cascas! Ahhh, também não era capaz de fazer isso, ainda partiam algum dente. Coitados, já estou cheio de pena deles, não as podem ir comprar ao supermercado. Até não estão caras, estão a um euro e qualquer coisa no LIDL.

Mesmo assim, conseguimos apanhar algumas. O magusto não deu para fazer porque a caruma estava molhada! Estão todas espalhadas ali na varanda para irem secando e assarem mais depressa. Já pedi ao gato para se ir deitar em cima delas mas não foi boa ideia. Em pouco tempo já havia castanhas espalhadas por toda a casa. Deve pensar que não nos deu trabalho, e muitos picos nos dedos, para as apanhar...