sábado, 28 de março de 2009

Cabeços de Lisboa

Dizem por aí que este relato foi ao vento. Ou foi com o vento. Pura aldrabice. O relato aparecerá...

Não foi ao vento mas quase. Que ventania... Então foi assim: comboio para Sete Rios e serra acima (que é como quem diz, subir por Monsanto) até ao Estabelecimento Prisional de Monsanto. E daí sempre a descer até ao Chimarrão. Fomos dos primeiros a chegar. Mas brevemente começaram a aparecer meninos e meninas de várias direcções. Não conhecia ninguém...

Após as apresentações seguimos, todos juntos, por alguns trilhos de Monsanto até ao Jamor.



Aí deu-se a primeira separação. Nós éramos os únicos para o trilho mais soft. Soft, mas com 85 km e 1300 m de acumulado de subidas.

Subimos Queijas até à Zona de Queluz de Baixo e não víamos rasto do resto do grupo. Não sabíamos se estavam para a frente ou para trás. Ficámos a saber em Massamá. Afinal estavam para trás mas o grupo já tinha tido algumas desistências devido ao frio e vento. Estavam a fazer o trilho mais longo e com mais subidas. Juntámo-nos mesmo a tempo se subirmos, todos juntos, pelo Alto de Colaride. Que brutalidade de subida.



Ainda não falei do vento. Estava um vento brutal. Nunca tinha visto nada assim. Então na subida ao Alto de Colaride, para além da inclinação, o vento forte lateral não deixava manter uma trajectória. Já houve quem chamasse a esta volta "Cabeços ao Vento".

Seguimos todos juntos até à Carregueira. Aí chegaram mais subidas e ficámos para trás. Mas após o Estabelecimento Prisional da Carregueira vimos mais uns resistentes elementos do grupo da volta maior. A última vez que os vimos foi numa breve paragem para café. A chamada zona dos DVDs...

A partir daí foi quase sempre a rolar e a descer até à zona do Trancão. A nossa volta acabou por aí.





Volta muito fixe, guiada por GPS elaborada pelos Incha Power.

Cabeços de Lisboa - ProjectoBTT

Temos Jersey

Já temos os jerseys mais giros de Portugal!




domingo, 22 de março de 2009

I Maratona de Tomar - DROPZONE

Lindo, lindo, lindo... Foi assim esta maratona. Muitos single tracks a romper por paisagens maravilhosas. Os trilhos deste passeio são um sério candidato aos melhores do ano.

O passeio foi especial. As mulheres estavam em maioria no nosso grupo: 3 (Tânia, Beta e Lídia) contra 2 (Miguel e Manel). Mas haviam muitas mais. Parece que as mulheres da zona aderiram ao BTT.

Após a partida, junto do parque desportivo da cidade, seguimos pela ruas de Tomar até entrarmos na Mata Nacional dos Sete Montes. Dentro da mata fizemos 2km quase sempre a subir.



Ainda não tinhamos recuperado totalmente do esforço inicial e já nos mostravam o monumental Aqueduto de Pegões.



Logo a seguir uma pequena descida daquelas onde não é possível parar a meio... Era um aviso para as muitas iguais ou piores que iríamos apanhar.

O abastecimento estava montado na Quinta dos Azinhais. Muito bom. Fui buscar um pastel de nata mas não resisti a dar metade a um lindíssimo canzarão que por lá estava a fazer as honras da casa.

A seguir apanhámos um trilho mais técnico. Mais um. Apesar de termos feito só 30km apanhámos umas descidas matreiras.





Já na parte final percorremos um longo e espectacular single track junto ao rio Nabão. A densa vegetação ainda deixava apreciar o rio e os seus açudes.



Chegámos cedo, logo não tivemos problemas em tomar um banho quentinho e a saborear uma magnífica sopa de peixe. Cada vez gosto mais desta sopa. O almoço, para quem chegou cedo, correu bem. Tivemos a companhia do Bruno que conhecemos numa volta memorável. Quando chegámos já ele tinha tomado banho e foi aos 60km. Valente!

Sabem quanto custou? 10 Euros.

Companheiros do pedal, foi giro fazermos este passeio juntos. Não foi? Beijinhos e abraços e até à próxima. Miguel e Tânia.

Maratona de Tomar - DROPZONE

sábado, 21 de março de 2009

Um café e um pastel de nata em Arruda dos Vinhos

Este sábado fomos tomar um café e um pastel de nata a Arruda dos Vinhos. Mas para que a balança lá de casa não começasse a "dizer" disparates, deixámos o carro em casa e fomos de bike. E para termos a certeza que a balança se vai continuar a "portar bem" fomos pelos trilhos do Sobralinho.

Para não enjoar dos trilhos da zona, desta vez houve novidades. Evitámos uma descida mais manhosa mas ganhámos uma zona mais técnica com muita pedra e... cobras. A Tânia vinha mais a trás e assustou-se com o meu grito! Sim, tive de gritar. Ouvi qualquer coisa ao meu lado direito. Eu a pensar que ia ver mais um (sim já tinha visto vários) coelhito a querer fazer competição comigo mas o que vi foi uma cobra, preta e bem grande. A correr ao meu lado em arco. Só parei um quilómetro à frente mas ainda era bem visível os meus pêlos todos arrepiados. É a chamada pele de galinha. Agora percebo porque é que o pessoal "pró" depila as pernas...



Continuámos a explorar trilhos novos e virámos, literalmente, as costas à subida da agonia e seguimos para Arruda. Trepámos cercas, dissemos "olá" a uns cavalitos e respectivas crias, apanhámos uns trilhos mais manhosos mas lá chegámos a Arruda para o prometido café e pastel de nata. Deliciosos.

A seguir ainda descobrimos um trilho junto à ribeira de Arruda mas depois apanhámos o alcatrão para casa. Como a tentação de explorar trilhos é grande ainda fizemos algumas incursões pela terra e até por ciclovias.

Ainda deu tempo para explorar uns trilhos entre Alverca e Póvoa de Santa Iria.



Pelo Sobralinho até Arruda

sábado, 14 de março de 2009

O Oeste é mesmo giro





O Oeste é mesmo giro. É verdade. E quando percorrido com os companheiros de pedalada, melhor ainda. Foi assim em 14 de Março de 2009.

Raid pelo Oeste

domingo, 8 de março de 2009

"À vassourada" em Vila Velha de Ródão

Este domingo fomos pela primeira vez aos Trilhos da Açafa, em Vila Velha de Ródão. O ano passado era para termos ido mas não foi possível. Desta vez inscrevemos-nos bem cedo.

A viagem para lá foi complicada por causa dos frequentes bancos de nevoeiro e com a minha paranóia de poder chocar com alguém porque é frequente encontrar pessoas com as luzes desligadas.

Já perto da saída da A23 para Vila Velha de Ródão o nevoeiro desapareceu e o Sol começou a raiar. Aí começámos a pensar "não traremos roupa a mais?". Mas já próximo de Vila Velha de Ródão o nevoeiro regressou e não deu para apreciar a paisagem que nos rodeava.

Com isto tudo chegámos um pouco tarde, mas ainda a tempo de levantar os dorsais, tomar o pequeno-almoço, preparar as bicicletas e vamos lá.

Na fila para levantar os dorsais encontrámos a nossa companheira para a volta dos 65km. A Beta. Queria ir fazer a despedida da Mondraker na volta dos 35km. Nada disso. Conseguimos convencê-la a vir à volta maior.



A organização dedicou a edição deste ano dos Trilhos da Açafa às mulheres. Por isso, para além das inscrições terem sido gratuitas para elas ainda tiveram ofertas. Mel da região, produtos de beleza e uma florzinha na despedida (depois do almoço). Então e eu?!! Pois também tive ofertas: presunto. Bem saboroso! Ah, e a habitual t-shirt também não faltou. Desde que começámos a fazer BTT deixámos de comprar pijamas ;).



A Tânia e a Beta seguiam na conversa. Afinal não é todos os dias que a Tânia tem companhia feminina nos trilhos. Iam na conversa mas a bom ritmo, cheias de força a subir pelas estradas de Vila Velha de Ródão.

Até que o raio da espanhola tramou o nosso passeio. A nossa amiga Beta teve um "problemazito" com a Mondraker. Mas percebe-se. Era a sua despedida e então zangou-se com a Beta e mandou-a ao chão. Não se faz. Ainda por cima numa descida! Felizmente sem grandes consequências para a Beta. Já a espanhola vai ser substituída por uma americana. Força Beta.

Depois de verificarmos que a Beta estava bem e acompanhada pela organização, pegámos na vassoura e seguimos para os trilhos. A organização ainda nos tentou convencer a alinhar pelo passeio de 35km. Mas quando a Tânia disse que tínhamos farnel eles perceberam que tinham companhia até ao final. Nós também ficámos contentes por eles levarem a "bucha". Assim não tínhamos de partilhar a nossa.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

Já não se via ninguém nos trilhos. Melhor assim, tínhamos os single tracks só para nós. Uns mais técnicos que outros mas todos espectaculares e devidamente sinalizados os locais de perigo.

Esta organização está de parabéns. Foi do melhor que já vi. Até pequeno almoço nos ofereceram. Vejam o link das fotos no final deste relato.

No primeiro abastecimento ficámos a conhecer o presidente da junta de freguesia que nos deu a conhecer um pouco da história da região.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

Por esta altura começámos a ouvir pessoal no trilho. Boa. Vamos ter companhia. Mas não. Era no monte em frente na volta dos 35km, porque entretanto já estávamos nos trilhos da volta dos 65 km.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

Até que um lindo lagarto se atravessou no nosso caminho como que a dizer: "eheheh os outros já passaram aqui há mais de uma hora. Suas lesmas....". Ainda tentei pegar na máquina fotográfica mas o bicho deve ter problemas de fotogenia e pirou-se.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

Não sei onde fui ver que a volta tinha cerca de 1000 metros de acumulado. Não vi. De certeza. Porque estava escrito que eram 1350 metros.

O GPS chegou aos 1000 metros e ainda faltavam muitos kms. Depois apareceu o calor e a moleza.

Mas a culpa da moleza era das paisagens. Então mostram-nos isto e depois querem que pedalemos depressa?



Só não ficámos ali mais tempo porque o carro da organização chegou. Aqui a organização também me surpreendeu pela positiva, claro. Nos locais onde o carro não passava, um elemento da organização percorria os trilhos a pé para se certificar que ninguém tinha ficado para trás nos trilhos.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

Agora era a descer. Íamos ganhando terreno ao carro da organização. LOL.

Chegados ao último abastecimento disseram-nos que o pior ainda estava para vir. Sinceramente não acreditei. Mas era mais ou menos verdade. Ainda nos faltavam umas grandes subidas e uns single tracks manhosos.

Mas fez-se, vassourada aqui e acolá lá continuámos...

A partir daqui por vezes tínhamos dois jipes colados à roda. Foi a altura em que o ânimo faltou um pouco. Talvez provocado pelo calor ou pelo barulhos dos jipes que seguiam atrás de nós, esta parte foi a que custou mais.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

E chegámos ao último posto de controlo. Faltavam 8 quilómetros e a promessa de se aproximar a parte mais bonita do percurso, segundo a organização.

Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

E começámos a avistar um imenso espelho de água. Era o rio Tejo. Depois de uma alucinante descida demos de cara com um grupo de elementos da Cruz Vermelha. Alguns com máquinas fotográficas apontadas para nós. Eu pensei: "Olha pessoal com máquinas fotográficas. A parte bonita deve ser aqui.". E era. Mais uma vez a organização a pensar na nossa segurança ao colocar apoio médico nas zonas mais perigosas.

A partir daqui o trilho era um single track pela margem direita do rio Tejo até Vila Velha de Ródão.

Mas como a Cruz Vermelha se foi embora de barco, nós aproveitámos para parar numa sombrinha a descansar e tirar umas fotos.



Vassourada aqui e acolá lá continuámos...

E chegámos. Finalmente. Fui autorizado a tomar banho num dos balneários reservado às meninas. A água estava bem quentinha. Parece que não foi assim para todos. Vantagens de chegar em último...

Vassourada aqui e ac... Não. Entretanto, entregámos a vassoura e pegámos no carro e fomos almoçar. Obrigado Beta e Manel por terem esperado por nós. Até breve.

Trilhos da Açafa 2009


Mais Fotos da organização.

domingo, 1 de março de 2009

CANYON XC da Tânia. Há um ano nos trilhos.

CANYON XC da Tânia. Há um ano nos trilhos.

Se alguma vez me dissessem, há um ano e meio atrás, que iria passar um ano a gastar os meus fins-de-semana a levantar de madrugada para ir pedalar diria que estavam a sonhar.

Pois é, este ano que passou assim foi do melhor. Vamos ver o próximo.

Obrigada ao Miguel por me convencer a comprarmos as CANYON. Pois se não fosse com ela com certeza que os meus fins-de-semana iriam ser ocupados com coisas fúteis (idas ao centro comercial, etc. etc.) e tudo o que se faz ao fim-de-semana.

Um beijinho para o Miguel e obrigada por me incentivares e nunca me deixares para trás.

Tânia.